Direitos sem fronteiras: roda de conversa debate direitos com imigrantes que residem em Urussanga

O evento foi uma parceira da Secretaria de Assistência Social, CRAS e o curso de Serviço Social da Unesc

Os Direitos Humanos são um conjunto de direitos básicos estabelecidos a todo e qualquer ser humano, indiferente de classe social, nacionalidade, raça, profissão, religião, cultura, gênero, orientação sexual ou qualquer outra diversidade possível, que possa existir. Nesse contexto, a Prefeitura de Urussanga, através da Secretaria de Assistência Social e do CRAS , realizou na última quarta-feira (23), uma roda de conversa aberta aos imigrantes que residem atualmente no município. O evento “Direitos sem Fronteiras” foi uma parceria com o curso de Serviço Social da Universidade do Extremo Sul Catarinense – a UNESC.

“O intuito principal desta roda de conversa é permitir que os imigrantes inseridos no município conheçam seus direitos e, além disso, possam debater sobre as ramificações da discriminação, que podem ser raciais, xenofóbicas, além do racismo estrutural. Notamos hoje a presença de muitos haitianos e pessoas oriundas de outros estados brasileiros, outras culturas que, muitas vezes, sofrem preconceito na região”, explica a Secretária de Assistência Social de Urussanga, Izolete Duarte Vieira.

Segundo Gabriela Pinter Borgert, estudante do Serviço Social da Unesc e uma das mediadoras do evento, o encontro trouxe uma troca de experiências muito significativa. “Trocamos ideias e eles puderam falar de como foi a chegada no município, os medos e incertezas. Muitos chegam sem conhecer ninguém, outros já têm família ou amigos. A maior dificuldade relatada foi com a língua. Eles têm muita dificuldade em falar o português e isso acaba influenciando no acesso aos direitos básicos. Na parte de documentações, fica a dúvida: De onde partir? Como fazer?”, detalha.

O principal relato dos imigrantes é que eles vêm para cá para conseguir uma vida melhor e trazer os familiares. “O povo do Haiti que chega na região tem uma certa facilidade em conseguir a documentação, mas tivemos a participação de um rapaz vindo da África, e aí o processo é mais complexo, porque exige a renovação a cada 30 dias e isso tudo foi tratado neste encontro”, destaca a Coordenadora do CRAS, Lucimere Nesi.

Comparado a população imigrante que Urussanga possui, a participação foi pequena, mas o resultado já dá uma base para o CRAS de que rumo seguir, e o que ações tomar a partir de agora. “Esse foi o ponta pé inicial, a ideia é seguir alcançando esse público, auxiliando da forma que pudermos. Talvez tenhamos novos encontros, para alcançarmos ainda mais pessoas e darmos o auxílio necessário para garantia dos direitos de todos”, garante a Secretária Izolete Duarte Vieira, 

Ana Paula Nesi 

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